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Beleza

Como salvei meu cabelo…

…depois de quase destruir com o combo cabelo descolorido + falta de cuidado!

As fotos mais recentes, depois que eu mesma cortei as pontas esta semana.

Antes de mais nada, ao fazer estas confissões cabelísticas, quero deixar bem claro que se algum dia meu cabelo esteve horroroso, a culpa foi minha, e só minha. Seria bom se as pessoas sempre assumissem a culpa dos seus erros ao invés de jogá-las sobre os outros, mas este é um assunto para outro dia.

Vamos ao resgate do meu cabelo, que é o que temos para hoje. Resolvi fazer esse post porque vez ou outra alguém comenta que está bonito, nunca digo nada e sempre penso cá com minhas escovas “se soubesse o tanto de judiação pela qual estas melenas já passaram…”. Como o objetivo aqui sempre foi compartilhar para acrescentar alguma coisa, espero ajudar com a minha experiência quase fatídica para que você que me lê, não passe pelos mesmos apuros.

Como resgatei meu cabelo depois de quase destruir totalmente

Um pequeno histórico das minhas funções cabelísticas para entenderem como tudo procedeu.

  • Como era o meu cabelo

Sempre tive o cabelo comprido. Ele nunca foi verdadeiramente liso, sempre teve umas ondas que deixavam ele com cara de despenteado. Secar naturalmente sempre foi impossível, pois tenho muito cabelo, e grosso. Sem secador, nem brilho tinha. E era de um loiro escuro que com sol do verão se iluminava, mas que na sua raiz, é meio ruivo. Na verdade, naturalmente consigo encontrar 5 cores diferentes de fios.

Na minha formatura em 2008.

Em 2010 em Paris.

Em 2011 no Uruguai.

Em 2010 em Brasilia.

Cortes repicados também nunca deram certo, pois deixam meu cabelo com aparência de quebrado e volume excessivo para quem como eu, tem um rosto tão pequeno. Tipo Capitão Caverna, sabe? Mas logo peguei o jeito de cuidar, nada que uma boa lavada e uma escova não resolvessem. E eu estava feliz com meu cabelo, achava lindão.

Mas sempre tive em minha vida quem desse pitacos. Que eu ficaria bem melhor loira clara, ruiva, que deveria usar outros cortes. E olha que em termos de cortes eu já passei por tudo e sei muito bem o que não funciona. E aí foi meu primeiro erro; eu não deveria ter dado bola para quem não gostava do meu cabelo.

Aos 17 anos eu pintei o cabelo duas vezes de loiro claro e achei horrível a experiência de ficar com a raiz crescendo. Até chegar a hora que eu quis mudar novamente, em 2013.

  • Como eu descolori

Foi aí que começou o meu problema: ao invés de procurar por um profissional, decidi descolorir o cabelo eu mesma, sem conhecimento de causa e com um produto que, não é ruim, mas que estava usando da forma inadequada. Eu usei o Spray Iluminador Go Blonder da John Frieda.

Como bem indica o produto, ele serve para iluminar, clarear um pouco a raiz talvez, mas não para descolorir o cabelo da raiz até a ponta, como eu fiz. Me empolguei ao ver como funcionava, clareava mesmo (passava depois de lavar e descoloria com o uso do secador), sem toda a função de usar descolorante mais tinta.

Ignorem a cara fechada e foquem nas melenas.

Meio Cersei de GoT.

A primeira cor que apareceu foi, obviamente o laranja. Essa é a cor que meu “loiro médio” esconde. Segui descolorindo, chegava a lavar o cabelo vários dias seguidos, na tentativa de chegar na cor que eu queria (um loiro claríssimo). Mas curtia o resultado, parecia que realçava as demais cores do meu rosto, principalmente os olhos. Para ter uma ideia, foi só quando fiquei mais loira que o colega de trabalho que sentava na minha há dois anos descobriu que eu tinha olhos azuis! (saudades Vini!).

  • Quando começou a quebrar absurdamente

Depois de um ano descolorindo o cabelo sem ter tido grandes problemas (usava matizador, vez ou outra máscara hidratante) ele ficou elástico. Uma semana antes de mudar para a Bélgica, quando fui cortar o cabelo em um salão, descobri que estava danificado a este ponto. Já era tarde demais.

Na primeira vez que lavei o cabelo aqui na Bélgica, com a água extremamente dura daqui (que resseca até a alma se você não se cuidar), meu cabelo começou a quebrar na altura dos olhos. Uma franja totalmente errada começou a se formar, algo que não sabia como lidar.

  • Onde eu falhei visivelmente com o meu cabelo

– na forma que escolhi para descolorir todo o fio;

– por não ter buscado serviço profissional para descolorir;

– por não ter usado os produtos certos;

– por não ter hidratado ele regularmente (já que ele sempre foi extremamente seco!).

  • A fase de transição quando parei de descolorir

Foi só após uma visita à Dinamarca que decidi parar de descolorir o cabelo (sim, mesmo com ele quebrando eu continuava descolorindo). Nas fotos dessa viagem percebi que a situação estava caótica, se continuasse, teria que cottage curto. Eu estava hidratando com regularidade, mas não era suficiente.

Primeiro passo foi fazer uma máscara mega power para “alimentar” meu cabelo com tudo que precisava. Fiz isso umas duas vezes seguidas, cortei um bom pedaço e pintei (umas 3 vezes no total), com uma tintura de cor mais próxima da minha natural, mas de fundo acinzentado. Apliquei eu mesma todas as vezes a Casting Creme Gloss da L’Oréal e sempre gostei muito do resultado.

Escolhi essa depois de muita pesquisa, eu só queria uniformizar a cor dele, não danificar mais ainda. E infelizmente eu não gosto e não tenho paciência nenhuma para ir em salão de beleza. Sem contar que meu cabelo estava tão feio que se qualquer profissional visse meu cabelo, diria que a única solução era passar máquina 1.

  • Como eu salvei meu cabelo

Vou listar em passos o que fiz para salvar meu cabelo de uma tragédia completa:

1 – pesquisei muito quais as soluções que eu tinha, e escolhi a que estava disposta a fazer;

2 – Isso foi bem na época do boom de transição capilar ela qual muitas brasileiras estavam passando, ao decidirem assumir os cachos e deixarem de alisar os cabelos;

3 – Isso ajudou, pois muitos produtos novos surgiram para ajudar todas. E passou a ter muito mais informação na web também;

4 – Comecei a testar o que era melhor para o meu cabelo. Descobri que óleo de coco ele não gosta, mas azeite extra virgem + mel + iogurte + máscara hidratante sim. Então quando tinha tempo, fazia essa mistureba e deixava no cabelo por pelo menos meia hora antes de lavar;

5 – Usei máscara toda vez que lavei o cabelo desde então. Alterno usando 1 vez hidratação, 1 vez nutrição, repito a sequência e uso a cada 4 lavadas, a de reconstrução. 1 vez por mês eu uso Bepantol líquido. Coloco diretamente nas partes mais danificadas (mas só umas gotinhas!!!). Para facilitar a nossa vida, a Bepantol agora tem uma versão em spray que serve especificamente para este fim. Veja aqui neste link.

6 – Não pintei mais o cabelo, tenho usado apenas produtos mais leves para iluminar e deixar menos amarelado. Mas com muita moderação para evitar maiores danos. O para iluminar (tipo um condicionador) da Dessange uso uma vez por semana. O creme matizador roxo, uma vez a cada duas semanas.

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Resumo da ópera

As fotos mais recentes valorizando o cabelon.

cabelo

cabelo

cabelo

Seria cômico se não fosse trágico. Jamais conseguiria cortar meu cabelo curto novamente – fiz isso uma vez e não gostei, e passei um bom tempo da minha vida sofrendo para salvar o cabelo da descoloração. Hoje vivo em um momento de paz com meu cabelo, celebrando cada fio branco que nasce. Fica meu aviso para que não façam loucuras com os seus cabelos. Mas se já passara por momentos trágicos como estes, comentem aí! Quero conhecer a história de vocês.

6 thoughts on “Como salvei meu cabelo…

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