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Música

The Whitesnake’s show

A pista, dois metros do palco, é o melhor lugar para se assistir um bom show de rock. Para quem acha que o Whistesnake é só baladas por causa do sucesso mundial da música “Is This Love” – e também é claro, pelo fato de que David Coverdale era conhecido nos anos 80 como um símbolo sexual – o show em Porto Alegre foi de ensurdecer, suar a camisa e fazer barbados saírem do Teatro do Bourbon Country apaixonados pelo vocalista da banda.

A turnê do recém lançado álbum “Good To Be Bad” está dando a volta ao mundo para mostrar que o Whitesnake ainda está em forma, com a mesma vitalidade que o fez famoso, e com talento para permanecer fiel ao estilo musical que lhe é característico: rock puro, mas sem deixar de lado umas baladinhas mais românticas, para deixar garotas encantadas. Mas, neste novo disco que conferimos algumas músicas ao vivo, somente 3 músicas tem a palavra “love” no título, o que é uma quantidade consideravelmente pequena em relação aos outros.

O momento de maior felicidade/emoção para mim foi quando tocou “Love Ain’t No Stranger”. Não só porque adoro a música (na verdade, gosto de todas deles), mas porque assisto repetidamente o vídeo dessa música, apresentação deles no Rock In Rio 1985 e adoro. Nos primeiros acordes, recebi a proposta do Digo: “Quer subir no meu ombro?”. Mas é claro! Meu coração queria sair pela boca. Estava pertinho deles, o guitarrista perguntou se eu sabia a música. Respondi que sim, me perguntou se queria subir no palco…não, isso seria demais para meu músculo pulsante. Atirei um beijo para o Coverdale, e ele muito simpático, respondeu com outro. Berrei como louca quando ele começou a movimentar o pedestal como se fosse seu próprio falo – desculpem-me os mais recatados, mas é isso mesmo -, num gesto tão característico e só dele.

O melhor de participar de um espetáculo como esse é poder ver pessoalmente como é um dos grandes ídolos da música mundial. David Coverdale não é somente o vocalista e principal responsável pelo Whitesnake. A banda em si é o que ele faz com todos nós, e o que ele faz com os outros caras da banda. Ele possui um magnetismo inacreditável, a impressão que eu tinha é que ele era um ser divino, materializado aqui na terra, e que todos que estavam diante dele precisavam tocar para acreditar que ele realmente existe.

Rugas escondidas sobre o botox, um branquíssimo All Star para sustentar a louca movimentação no palco, jeans justíssimo, camisa aberta mostrando o peito sarado para um senhor da idade dele, pulseiras, cruxifixos e colares, caras, bocas, muitos beijos para alvos certos, um jeito só dele de mexer na cabeleira vasta. São alguns dos elementos que fizeram e fazem até homens afirmarem que sim, David Coverdale é um velho muito bonito.

Mais engraçado da noite: o tecladista, que sorria o tempo todo, mostrando o quanto deve ser feliz por ser um rock star. Mais simpático: o guitarrista Doug Aldrich que conversava o tempo todo com a galera que estava na frente do palco. Música mais emocionante: a capela de “Soldier of Fortune”, onde Coverdale mostrou um pouquinho do que é capaz de fazer com sua poderosa voz.

É Digo, do fundo do meu coração, obrigada por este presente.

Janina Stasiak, 12/05/2008 – 11h16min.

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